Hoje,
2, Dia de Finados, a Igreja celebra Missas nas paróquias e cemitérios,
especialmente em intenção dos falecidos. Para nós cristãos participar
desta celebração é um ato de gratidão e fé, pois é o dia em que nos
lembramos de nossos entes queridos que estão juntos de Deus.
Para os que tem fé, a morte não é o fim
da vida, mas o momento que partimos para a vida eterna. A liturgia nos
diz: ‘Para os que creem a vida não é tirada, mas transformada’.
Segundo professor Felipe Aquino, essa frase é muito significativa, pois reforça que a vida não termina após a morte, mas continua de uma outra forma.
“Depois da morte, o corpo separa-se da
alma. O corpo fica na terra; e a parte espiritual (alma), onde está todo
o intelecto – a vontade, a liberdade, a ciência, a capacidade de amar e
a memória – é preservada. Agora, a alma vive sem o corpo, é uma vida
nova e volta-se para Deus”, explicou professor Felipe Aquino.
O Catecismo da Igreja Católica traz uma
reflexão muito bonita e rica para falar sobre a morte, além de ser a
visão correta e teológica da Igreja.
“Eu recomendaria que olhássemos, na
primeira parte do Catecismo, o credo que diz: ‘Creio na vida eterna’.
Este trecho traz uma visão muito bonita e correta, porque é a palavra da
Igreja. Penso que é a melhor reflexão sobre a morte que está no
Catecismo. Existem muitos livros sobre isso e vários santos escreveram
sobre o assunto, como Santa Teresa, Santo Afonso de Ligório, Santo Agostinho
e muitos outros, os quais falaram sobre a morte, mostrando exatamente
que nós tivemos de morrer por causa do pecado original.
A natureza
humana foi criada sem defeitos por Deus, mas o pecado original se tornou
a natureza defeituosa. Assim, o homem passa pela morte e se refez, ou
seja, ele adquire uma vida na eternidade que não tem mais as sequelas
desta vida terrena de sofrimento, angústia e tristeza”, citou o
professor.
A morte é o momento de passagem e de alegria para aquele que tem fé, pois eles entenderam a beleza do que vem depois da morte.
Saiba mais:
Neste Dia de Finados, a Igreja propõe aos católicos que pensem nos
mortos, mas com a esperança na Ressurreição. Portanto, para os cristãos
que visitam o cemitério e rezam pelos falecidos, a Igreja concede uma
indulgência plenária.
Na semana das almas, do dia 1º ao dia 8 de novembro, a Igreja concede Indulgência Plenária
para aqueles que já faleceram, ou seja, é quando rezamos pela alma de
alguém. É um momento especial que a Igreja coloca para o sufrágio da
alma (oração pelos mortos).
“A indulgência é o cancelamento das penas
devidas pelos pecados que nós cometemos e que já foram perdoados na
confissão. Mas é preciso explicar uma coisa: quando se comete um pecado
grave, há duas consequências: a culpa e a pena. A culpa é aquela ofensa
que se faz a Deus e a confissão perdoa. No entanto, ainda fica a chamada
‘pena temporal’, o estrago causado pelo pecado na sua própria alma,
porque você deixou de ser mais santo. Então, há de querer recuperar
isso. Essa pena nós cumprimos aqui na terra com orações e penitências ou
no purgatório se a pessoa morrer com elas”, esclarece professor Felipe.
Para ganhar essa indulgência é preciso
fazer uma boa confissão, participar da Eucaristia, rezar um Pai-Nosso e
uma Ave-Maria e realizar um destes momentos: um terço em família diante
de uma imagem sagrada ou 30 minutos de adoração do Santíssimo na Igreja
ou fazer a via-sacra na Igreja, seguindo as 14 estações ou 30 minutos de
leitura meditada da Bíblia.
“Mas que um dia de tristeza, finados é um
dia de esperança, assim como diz a liturgia: ‘Se um dia a lembrança da
morte nos entristece, a certeza da Ressurreição nos alivia e nos
consola’”, disse Aquino.
Fonte: Site da Canção Nova, Texto de Alessandra Borges - 02/11/13
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