Sexta-Feira, 20 de Janeiro de 2012
São Sebastião
Jesus escolheu doze de Seus discípulos para serem Seus apóstolos,
conforme também nos narra Mateus 10,1-4; 11,1; 26,20; e Lucas 6,13-16.
Após a Morte e Ressurreição de Cristo eles são onze, até ser
escolhido um substituto para Judas – que O traiu e enforcou-se a seguir
(cf. Mateus 28,16).
No livro do Apocalipse Jesus confirma-os como sendo doze na revelação
a João: “O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os
nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Apocalipse 21,14). E para que não
nos apresentasse somente uma quantidade de homens Jesus os denomina
dizendo quem são e de onde são. Portanto, trata-se de pessoas bem
conhecidas d’Ele.
Nesse trecho do Evangelho, Jesus escolhe alguns discípulos de Sua
confiança, que tinham interesse por Ele e pelas coisas que Ele dizia.
Esses discípulos, conhecidos como apóstolos, foram os primeiros e os
mais autorizados discípulos do Mestre Jesus em passar adiante os
ensinamentos d’Ele. Tradição esta que começou com os discípulos que O
viram, que conviveram com Ele, que beberam de Seus lábios a Palavra do
próprio Deus, inspiradas pelo Espírito Santo. Razão pela qual, sempre
que vamos ouvir a Palavra ou meditar sobre ela com todo o arcabouço de
fé que possuímos, costumamos pedir as luzes do Espírito Santo. Ele que
falou de tantos modos aos patriarcas, profetas e apóstolos, que nos
ilumine, para que a Palavra de Deus seja uma coisa viva em nós.
Quando Jesus escolheu os Doze seguidores, não estava dando a eles
apenas um privilégio de estarem mais perto d’Ele, mas estava lhes
conferindo um ministério apostólico, com a incumbência de levarem a todo
o mundo a salvação trazida por Ele. E os discípulos entenderam muito
bem; tanto que fizeram questão de guardar e transmitir com fidelidade a
mensagem recebida a todos os homens e mulheres de boa vontade. Eu
agradeço essa grande graça de ter recebido a mensagem de Jesus por
intermédio de Seus apóstolos!
Como o chamado não parou com a eleição dos Doze e continua até os
dias de hoje, eu e você somos também chamados a guardar e transmitir aos
nossos irmãos – a começar pelos da nossa casa – a Boa Nova da Salvação.
Eu tenho consciência plena e viva de que a Palavra do Salvador: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” se aplica com toda verdade a mim e a você. Por isso, com São Paulo digo: “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!”
Quero confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar a
todos os homens constitui a missão essencial minha e sua como Igreja;
tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual
as tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e
a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe
para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da
graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de
Cristo na Santa Missa, que é o memorial da Sua morte e gloriosa
ressurreição. Portanto, seja um evangelizador!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova
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