segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Santo Inácio de Antioquia


Ícone de Inácio sendo martirizado por leões.
Patriarca de Antioquia,
Padre Apostólico e Mártir
Nascimentoca. 35 dC em Antioquia?
Morteca. 110 dC em Roma
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Igreja Ortodoxa Oriental
Comunhão Anglicana
Igreja Luterana
PrincipaltemploRelíquias estão na Basílica de São Clemente, em Roma
Festa litúrgicaCristianismo ocidental e siríaco: 17 de outubro
Igreja Ortodoxa Oriental andIgreja Ortodoxa Copta de Alexandria: 20 de dezembro (2 de janeiro no Calendário juliano)
Atribuiçõesum bispo rodeado por leões
Padroeiro:da Igreja no Mediterrâneo oriental e no norte da África
"Trigo de Cristo, moído nos dentes das feras"
Santo Inácio de Antioquia.
 Portal dos Santos


Inácio (35 - 110 d.C.)[1] foi Bispo de Antioquia da Síria
discípulo do apóstolo João, também conheceu São Paulo 
e foi sucessor de São Pedro na igreja em 
Antioquia fundada pelo próprio apóstolo. 
Segundo Eusébio de Cesaréia,[2] 
Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria e segundo 
Orígenes teria sido o segundo bispo[3] 
da cidade. Santo Inácio 
foi detido pelas autoridades e transportado para
 Roma, onde foi condenado à morte no 
Coliseu, e foi martirizado por leões.

Índice

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Vida

Antioquia, à margem do Orontes
a capital da província romana da Síria, 
terceira cidade do Império depois de 
Roma e Alexandria
ocupa um importante lugar na história do Cristianismo
Foi aqui que Paulo de Tarso pregou o seu primeiro sermão cristão 
(numasinagoga), e foi aqui que os seguidores 
de Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos.[4]
Foi preso por ordem do imperador Trajano 
(98 - 117 d.C) e condenado a ser lançado aos leões no 
Coliseu em Roma, as autoridades romanas 
esperavam fazer dele um exemplo e, assim, desencorajar 
cristianismo, porém sua viagem a Roma ofereceu-lhe a 
oportunidade de conhecer e ensinar os conceitos cristãos, 
e no seu percurso, Inácio escreveu seis cartas para as 
igrejas da região e uma para um colega bispo, Policarpo
Ao falar sobre sua execução, Inácio disse a famosa expressão: 
"Trigo de Cristo, moído nos dentes das feras". 
E na iminência do martírio 
prometeu aos cristãos que mesmo depois da morte 
continuaria a orar por eles junto de Deus:
Cquote1.svgMeu espírito se sacrifica por vós, 
não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus.
Eu ainda estou exposto ao perigo, 

mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa.
Que sejais encontrados nele sem reprovação


Obra


Santo Inácio escreveu sete cartas, as chamadas 
Epístolas de Inácio, preservadas no Codex Hierosolymitanus


Epístolas de Pseudo-Inácio


Epístolas que foram atribuídas à Inácio,
mas de origem espúria, incluem[6]:
  • Epístola aos Tarsos
  • Epístola aos Antióquios
  • Epístola a Hero, um diácono de Antioquia
  • Epístola aos Filipenses
  • Epístola de Maria, a prosélita, para Inácio
  • Epístola para Maria de Neápolis (em Zarbo)
  • Primeira Epístola para São João
  • Segunda Epístola para São João
  • A Epístola de Inácio para Virgem Maria

Temas


Unidade da Igreja

Santo Inácio enfatiza nas suas 
cartas para que se preserve a unidade da Igreja 
de Cristo:
"Convém estardes sempre de acordo 
com o modo de pensar do vosso Bispo
Por outro lado, 
já o estais, pois o vosso presbitério
famoso justamente por isto e digno de Deus, 
sintoniza com o Bispo da mesma 
forma que as cordas de uma harpa. 
Com vossos sentimentos unânimes, 
e na harmonia da caridade, 
constituís um canto a Jesus Cristo. 
Mas também cada um deve
 formar juntamente com os outros, um coro. 
A concórdia fará com que sejais uníssonos. 
A unidade vos fará tomar o dom de Deus, 
e podereis cantar a uma 
só voz ao Pai por Jesus Cristo. 
Também ele, então, escutar´
vos´á e reconhecerá pelas obras que sois membros 
do seu Filho. Importante, por conseguinte, 
vivermos numa irrepreensível unidade.
 Assim poderemos participar 
constantemente da união com Deus".[7]
Pois assim, unidos numa mesma 
Fé tanto será mais forte a oração. 
A caridade esta diretamente 
ligada a unidade da Igreja, 
por isso Inácio chama de 
orgulhoso aquele que não 
guarda a unidade da Igreja junto com o Bispo:
"Se a oração de duas pessoas juntas tem tal força, 
quanto mais a do bispo e de toda a Igreja! 
Aquele que não participa da reunião é orgulhoso 
e já está por si mesmo julgado, pois está escrito: 
"Deus resiste aos orgulhosos." 
Tenhamos cuidado, por tanto, 
para não resistirmos ao Bispo, 
a fim de estarmos submetidos a Deus.".[8]


Primazia da Sé de Roma

Os discípulos de Jesus eram chamados de 
nazarenos vistos como uma seita dentro do judaísmo
posteriormente como vimos acima 
os discípulos de Jesus então são conhecidos como cristãos, 
como registrado nos 
Atos dos Apóstolos. Isso é um fato muito significativo, 
pois os discípulos de Jesus Cristo 
não são reduzidos a serem meramente mais uma 
seita do judaísmo, mas são os 
discípulos do Messias prometido a humanidade, e, portanto, 
a obra da salvação atinge sua 
plenitude em Cristo tornando-se universal, 
daí dos cristãos serem chamados 
de católicos, pois pertencem a Igreja Católica (Universal):
"Onde está Cristo Jesus, 
está a Igreja Católica.".[9]
"Segui ao Bispo, vós todos, como Jesus Cristo ao Pai. 
Segui ao presbítero como aos 
Apóstolos. Respeitai os diáconos como ao preceito de Deus. 
Ninguém ouse fazer sem o 
Bispo coisa alguma concernente à Igreja. 
Como válida só se tenha a
 Eucaristia celebrada sob a presidência do bispo ou de um delegado seu. 
A comunidade se reúne onde estiver o
 Bispo e onde está Jesus Cristo está a Igreja católica
Sem a união do 
Bispo não é lícito Batisar nem celebrar a Eucaristia
só o que tiver a sua aprovação 
será do agrado de Deus e assim será firme 
e seguro o que fizerdes".[10]
Inácio também afirma em 
suas cartas o primado da Sé de Roma
"Roma preside a Igreja na caridade." 
(Carta aos Romanos Prólogo).


Jesus Cristo

Inácio revela-se conhecedor 
das processões divinas em Deus, 
ao reconhecer no 
Cristo a processão intelectiva de Deus: 
"De fato, Jesus Cristo, 
nossa vida inseparável, é o pensamento do Pai",[11] 
o que seria mais tarde 
explicado à luz da filosofia por São Tomás de Aquino.[12]
É interessante constatar como 
as comunidades cristãs no século I 
tinham um conhecimento 
aprofundado da natureza de Deus, Jesus Cristo é: 
"gerado e não criado, 
Deus feito carne".[13] Gerado e não criado (ingênito).
Com este testemunho, 
Inácio trouxe para a construção do Dogma
pedras sólidas que ajudaram o
 Concílio de Nicéia (325 d.C.) a fixar no Credo 
o genitum non factum, isto é, gerado e não criado. 
Embora Inácio ainda não tivesse esta precisão, 
que colaborou na elaboração do vocábulo, r
econheceu a perfeita ortodoxiano texto desta carta.
Inácio reconhecia a autoridade da 
Igreja de Roma sobre as demais igrejas. 
Para ele, Pedro e Paulo teriam pregado naquela cidade.


Santíssima Trindade

"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do 
Senhor e dos apóstolos
para que prospere tudo o que 
fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, 
no Filho, no Pai e no 
Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso 
digníssimo bispo e à 
preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros 
e diáconos segundo Deus. 
Sejam submissos ao bispo 
e também uns aos outros, assim como 
Jesus Cristo se submeteu, 
na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram
 a Cristo, ao Pai e ao Espírito, 
a fim de que haja união, tanto física como espiritual".[14]


Maria no cristianismo

Inácio além de afirmar a 
Divindade de Cristo também afirma a virgindade de 
Maria e sua descendencia do Rei Davi:
"E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo 
Virgindade de Maria 
e seu parto, bem como a morte do Senhor: 
três mistérios de clamor, 
realizados no silêncio de Deus"[15].
"A verdade é que o nosso Deus, Jesus, o Ungido
foi concebido de 
Maria segundo a economia divina; nasceu da estirpe de Daví, 
mas também do Espírito Santo".[15]

FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo A1cio de Antioquia

Um comentário:

  1. Interessante a sua interpretação tendenciosa: "E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo a Virgindade de Maria e seu parto, bem como a morte do Senhor".

    -Você acha que o povo ao ver Maria grávida iriam dizer que ela ainda era virgem? É óbvio e sensato que não. Pois não sabiam que era obra do Espírito Santo. Portanto, a sua virgindade permaneceu oculta.
    -Você acha que foi anunciado ao mundo o lugar exato, o dia e hora do parto? É óbvio que Herodes e toda a Jerusalém pertubou-se. Quer dizer: Sabiam que o "Rei dos Judeus" estava prestes a nascer, mas não sabiam o lugar exato, dia e hora. O evento (parto) só foi revelado a quem Deus quisera que soubesse e, no pós parto (ainda na manjedoura) apareceram aquelas pessoas que foram anunciadas pelos anjos e a estrela guia para os magos. Os mais sábios e entendidos das Profecias, sabiam que eram em Belém da Judéia, mas não sabiam efetivamente o lugar certo. Portanto, seu parto ficou oculto para os reis, autoridades e príncipes deste mundo.
    -Você acha que a morte de Cristo no calvário foi anunciado ao mundo, visto que a prática de crucificação era comum nos casos de malfeitores e rebelados? E outra, se soubessem realmente que estavam crucificando o Enviado de Deus, (Messias) será que alguém se atreveria a crucificar o seu própprio Salvador. Portanto, o mundo, o povo não sabia, a não ser uma minoria que cria na Sua mensagem.

    Sobre a virgendade de Maria, as Escrituras revelam que José, seu marido, não a conheceu, quer dizer, não deitou com ela em intimidade, (ato sexual), antes que o menino nascesse.
    Como o catolicismo é bem tendencioso para interpretar as Escrituras segundo o seu gosto, também qualquer pessoa será tendenciosa em crer que José conheceu Maria na intimidade, (ato sexual), depois que o menino nasceu. Pelo menos presumivilmente as Escrituras nos leva a entender que isso aconteceu.
    Seu eu afirmo: -Não bebi água enquanto não cheguei em casa, qualquer pessoa ao ler esta frase afirmativa, vai interpretar e tendenciar que eu, após ter chegado em casa, bebi água, porque tinha sede.
    No caso de Maria e José, eles estavam casados, e é coisa mais natural do mundo, que o homem e a mulher desfrute da intimidade a eles conferida pelo casamento.
    Agora, se a Palavra de Deus afirmasse que Maria continuou virgem e que José nunca se deitou com ela na intimidade, aí sim, não teríamos o que refutar. Lendas e fábulas não podem responder questões loucas porque são doutrinas inspiradas de sabedoria terrena que não edifica a Igreja.
    Não sejamos tendeciosos sobre as coisas ocultas, concernentes as obras de Deus, mas esperamos que pelo seu Espírito Santo nos guie na Luz da Verdade, que revela em parte aquilo que necessitamos para servirmos a Deus.
    A Paz da parte de Deus e da do Senhor Jesus Cristo!

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