Assembleia Geral da CNBB 2014
Bispos comentam diversidade de conteúdos que serão tratados durante os dias da assembleia em Aparecida
Kelen Galvan
Enviada especial a Aparecida
Enviada especial a Aparecida
Na coletiva deste primeiro dia da 52ª
Assembleia Geral da CNBB, os bispos divulgaram uma mensagem de esperança
aos trabalhadores do Brasil na comemoração do seu dia, nesta
quinta-feira, 1º de maio.
Participaram da coletiva, presidida pelo
presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, da CNBB,
Dom Dimas
Lara Barbosa, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo
Krieger, o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o
arcebispo de Manaus (AM), Dom Sergio Castriani, presidente da comissão
responsável pelo tema central da assembleia.
No texto, os bispos ressaltam que
assegurar um trabalho decente a todos, com condições dignas e justa
remuneração é responder a vocação que faz do homem e da mulher
colaboradores de Deus na obra da criação.
Os prelados destacam como sinal de
esperança a queda do desemprego no país, o aumento dos salários e a
ascensão social de milhares, entretanto reconhecem a existência de
situações que ferem a dignidade dos trabalhadores.
“O salário mínimo ainda é baixo (…) a
disparidade salarial entre os que exercem a mesma função também é uma
triste realidade (…) persistem igualmente situações de trabalho precário
e de desemprego disfarçado, em que pessoas entram nas estatísticas como
ocupadas, quando, na verdade, estão inseridas no mercado informal à
procura de novas e melhores ocupações”, enfatizam.
Os bispos concluem a nota chamando a
atenção da sociedade brasileira para seu compromisso com os
trabalhadores e trabalhadoras, de quem a CNBB se faz solidária, e deixam
a todos sua “especial e carinhosa bênção”.
Pauta da assembleia
Na coletiva, Dom Geraldo e Dom Sérgio
comentaram sobre o tema central da assembleia que trata sobre a
renovação da paróquia e sobre os diversos temas que farão parte das
discussões destes dias.
Dom Geraldo explicou que logo neste
primeiro dia de trabalhos, os bispos fazem uma análise da conjuntura
social e eclesial, para terem uma clareza do momento que se vive na
Igreja e na sociedade em geral e, com essa realidade “diante dos olhos e
do coração”, poderem “emoldurar” todas as discussões da assembleia.
Entre os assuntos a serem refletidos
estão a questão agrária, o protagonismo dos leigos e leigas na vida da
Igreja, assuntos ligados à liturgia, a preparação para o 3º sínodo sobre
os novos desafios da família para a nova evangelização, que acontecerá
em outubro deste ano em Roma.
Outro tema da assembleia será a avaliação
das diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, já em
preparação para a eleição da presidência da CNBB, que acontecerá em
2015.
Tema central
Sobre o tema principal do encontro, Dom
Geraldo recordou que na assembleia do ano passado foi elaborado um texto
de estudo sobre a reforma das paróquias para ser debatido.
Dom Sergio explicou desde a escolha deste
tema em 2012, muitas coisas mudaram na Igreja, foi um período muito
rico de renovação e mudanças. Com o texto de estudo foi possível
desenvolver uma discussão em todos os níveis pastorais, desde pequenas
comunidades, conselho de pastoral, institutos de teologia, entre outros,
e as contribuições vieram.
“[O texto] foi refletido, aprofundado, e
todo esse processo valeu a pena, foi muito fecundo. As contribuições
vieram e a comissão está propondo um documento final. É um documento
novo”, disse o bispo.
Canonizações
Dom Murilo destacou que as beatificações e
canonizações de pessoas ligadas ao Brasil despertou a Igreja para a
importância da vida dos santos. “Com a beatificação de Madre Paulina, em
1991, ocorrida em Florianópolis, houve um despertar e uma procura de
pessoas que foram referência de santidade, muitos processos foram
abertos”, recordou.
O bispo disse que até agora 20 causas
estão em andamento, entre beatificações e canonizações. E enfatizou que
esse despertar para a importância dos santos, deve-se ao fato da
“descoberta de que os santos evangelizam muito, porque são um testemunho
vivo do que é um Evangelho”.
Fonte: Site da Canção Nova.
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