Irmã Cândida, a religiosa mais idosa do
mundo, encontrou-se com o Papa Francisco nesta quinta-feira, 20, na Casa
Santa Marta, no Vaticano. Data em que celebrou 107 anos de vida.
A religiosa teve a oportunidade de
abraçar o Santo Padre. Muito lúcida e em boa saúde, afirmou que “não
podemos dizer que conheci o Papa Francisco. Apenas o vi. Havia uma
multidão, não tivemos tempo para conversar, não era mesmo possível”. Mas
a saudação afetuosa ocorreu. O Pontífice perguntou a ela quantos anos
tinha e a cumprimentou pela sua boa saúde.
Ela queria ser missionária na África, mas
quando bateu à porta dos Combonianos, existiam 42 pessoas na fila,
aguardando para entrar na Congregação. Assim, Alma Bellotti, decide
“abraçar a cruz vermelha” dos Camilianos. Desde que vestiu o hábito
religioso, passou a se chamar Irmã Cândida. Passaram-se 80 anos daquele
dia, “o mais bonito da minha vida”, recorda.
Durante sua vida, viveu sob nove
pontificados. Para quem lhe pergunta qual o Pontífice mais lhe agradou
nestes 107 anos, Irmã Cândida responde: “O Papa é o Papa, não se
discute, é o Vigário de Cristo e é necessário segui-lo sem hesitação”.
A Casa Generalícia dos Camilianos, no
centro de Roma, organizou uma festa para celebrar o aniversário de Irmã
Cândida. Ao revelar o segredo para chegar aos 107 anos em plena forma,
aponta o indicador para o céu e diz: “Ele que faz tudo, eu limito-me a
agradecê-lo”. No entanto, “viver com alegria e fazer felizes aqueles que
nos rodeiam”, seguramente ajuda.
Sua idade não lhe permite mais realizar o
trabalho de assistência, carisma das Ministras dos Enfermos de São
Camilo, Santo cujo IV° centenário celebra-se neste ano. Não obstante
isto, acorda diariamente muito cedo, arruma seu quarto e às 5 horas já
está na Capela para a oração, antes das outras religiosas.
Nascida em Verona em uma família numerosa
e simples, Irmã Cândida conta que “nossos país nos educaram, os oitos
filhos, na alegria e na santidade. Éramos contentes com o pouco que
tínhamos, dia-a-dia”. A vocação e a separação da família representaram o
momento “mais doloroso e ao mesmo tempo o mais feliz”.
Atualmente a religiosa vive em Lucca,
Itália, e aos jovens aconselha serem “atentos e dóceis à vontade de
Deus, a única coisa que nos dá alegria plena”.
por
Kelen Galvan
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