Apesar do clima frio da cidade de Aparecida (SP), o calor dos participantes aqueceu a abertura do 3º Encontro da Pastoral da Comunicação (Pascom), promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Desta quinta, 19 de julho, até o próximo domingo, mais de 600 agentes da Pascom de todo o país participam deste encontro no Santuário Nacional para o aprendizado e a troca de experiência.
A solenidade de abertura contou com a presença de dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação; dom José Moreira de Melo, bispo de Itapeva (SP) e referencial para a comunicação no Regional Sul 1; os dois assessores da Comissão, Ir. Élide Fogolari e Padre Clóvis Andrade; e os missionários redentoristas padres César Moreira e Evaldo César, representando o Santuário Nacional e a Rede Aparecida de Comunicação, respectivamente.
Em seu discurso, dom José Moreira destacou a sua experiência como estudante da temática da comunicação, e convidou os participantes a estar disponíveis para a troca de experiências. “Vamos somar, esta é a palavra do momento e vai ajudar o nosso trabalho”. Já dom Dimas recordou a importância de que cada comunicador cristão recorde a sua missão batismal, que é levar a Boa Nova de Cristo.
“Nós devemos crescer enquanto comunicadores cristãos” – destacou dom Dimas. “Devemos estar a serviço da Boa Nova e quebrar as barreiras, como a dificuldade de transmitir a fé às novas gerações, de modo que a nova linguagem seja fecundante do amor do Evangelho”. Também durante a solenidade, ocorreu o lançamento da logomarca oficial da Pascom Brasil.
Conferência
Diante desta realidade, ele afirma que o programa de ação não é novo: a resposta está na experiência do encontro com Jesus Cristo. “Um programa que não muda, embora se leve em conta a conjuntura histórica para o diálogo”, explicou di Franco, recordando posturas e discursos dos papas João Paulo II e Bento XVI no diálogo com a sociedade contemporânea. Para ele, está aí o cerne da comunicação institucional da Igreja.
“As organizações consolidadas são as que conseguem transmitir a sua mensagem sem ambiguidade. A boa estratégia de comunicação institucional depende disso: identidade, missão, uma doutrina clara e reputação, que resulta em autoridade, que podemos chamar também de prestígio”, enfatizou o conferencista. Ele exemplificou mais uma vez, recorrendo às ações do papa Bento XVI. “Milhares de jovens rebeldes e contestadores deixam as discotecas para ouvir a voz de um idoso, supostamente reacionário. Isso significa que eles querem reavivar a sua fé. A empatia entre o papa e a juventude surpreende o noticiário. É um sucesso mercadológico”.
Na avaliação de di Franco, a magia da santidade é o segredo da força do marketing do papa. Essa atitude deve ser a resposta da Igreja para a demanda reprimida que a sociedade tem por religiosidade. “A Jornada Mundial da Juventude pode mudar a cara da Igreja no Brasil, depende de cada um de nós aqui hoje, para que a proposta cristã entre na agenda pública. E isso exige profissionalismo, e não amadorismo. Não duvidemos, a comunicação institucional da Igreja passa pelo reforço de sua identidade, pela paixão da missão e clareza de sua doutrina. É necessário investir em recursos humanos e no profissionalismo. É aí que está a diferença: não é o suporte tecnológico, mas é a competência de seus quadros. Não podemos sucumbir ao amadorismo”.
Sex, 20 de Julho de 2012 00:11 / Atualizado - Sex, 20 de Julho de 2012 07:31 Fonte: CNBB
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